Máfia da merenda

Justiça quebra sigilo de Fernando Capez e mais dois

Há investigação por corrupção, tráfico de influência e organização criminosa

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Alvos da Operação Alba Branca, que investiga fraude na merenda escolar em São Paulo, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez (PSDB), e dois ex-assessores do governo Geraldo Alckmin – Luiz Roberto dos Santos, o ‘Moita’, ex-Casa Civil, e Fernando Padula, ex-Secretaria da Educação, tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados.

A autorização foi do desembargador Sérgio Rui da Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, relator da Alba Branca na corte. O acesso aos dados fiscais do deputado pega desde o início de 2013. A busca das informações bancárias de Capez pega desde 1.º de janeiro de 2014.

A abertura de dados sigilosos alcança também um assessor e dois ex-assessores de Capez, apontados na investigação: Luiz Carlos Gutierrez, o Licá, Jeter Rodrigues Pereira e José Merivaldo dos Santos, o ‘Meriva’. A Justiça autorizou inclusive acesso aos computadores utilizados pelos aliados do presidente da Alesp.

Ao todo, o desembargador decretou a quebra do sigilo de 12 investigados, inclusive da cooperativa Coaf, de seus ex-diretores e de outras empresas usadas para fraudar licitações.

O desembargador também autorizou a abertura de Procedimento Investigatório Criminal (PIC) contra Capez, ‘Moita’, Padula e integrantes da cooperativa Coaf por corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e organização criminosa.

A investigação será conduzida pela Procuradoria-Geral de Justiça sob crivo do Órgão Especial do TJ.

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