Corrupção

Juiz Marcelo Bretas manda prender dois ex-auxiliares de Sérgio Cabral

Um dos presos recebia malas de dinheiro no canteiro de obras

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A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (14), em nova faseda Lava Jato, o diretor da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (Rio Trilhos), Heitor Lopes de Sousa Junior, e o atual subsecretário de Turismo do estado e ex-subsecretário de Transportes, Luiz Carlos Velloso. Esta fase da operação investiga corrupção e pagamento de propina em contratos da linha 4 do Metrô.

O esquema de corrupção na secretaria Estadual de Obras do Rio, com a cobrança de propina das empreiteiras envolvidas em contratos bilionários de obras civis, revelado na delação premiada de executivos da Carioca Engenharia, também se repetia na secretaria estadual de Transporte. Heitor é acusado de receber a propina no canteiro de obras e em dinheiro vivo. Ele era sócio de duas empresas que prestavam serviço para a construção da Linha 4 do Metrô.

Os agentes também cumprem 7 mandados de condução coercitiva. Um desses mandados cumpridos até as 7h30 foi contra a companheira de Luiz Carlos Velloso, Renata Loureiro Borges Monteiro. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, determinou o bloqueio de R$ 220 milhões de 7 pessoas e três empresas.

A prisão preventiva do diretor da Rio Trilhos foi pedida, segundo os promotores, para evitar uma possível fuga. De acordo com a investigação, Heitor e a mulher estavam dando entrada em um pedido de cidadania portuguesa. Os procuradores também estão pedindo o bloqueio de bens de R$ 36 milhões de Heitor e de R$ 12 milhões de Velloso.

Ainda de acordo com as investigações, de 2010 a 2013, Heitor recebeu propina no valor de R$ 5,4 milhões de duas empresas. Ao todo, foram 31 transferências de recursos. As empresas que pagaram foram a CBPO Engenharia, do grupo Odebrecht , e MClink Engenharia, que atuou no trecho oeste da linha 4 do Metrô .

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