Itaú terá que pagar R$ 100 mil a funcionário que foi ‘rebaixado’

O Itaú Unibanco S.A. será obrigado a pagar uma indenização no valor de R$ 100 mil a um funcionário que foi rebaixado de gerente-geral para escriturário em início de carreira. Para o Tribunal Superior do Trabalho (TST), trata-se de um “procedimento constrangedor” para o empregado que tinha como objetivo viabilizar uma retaliação por ele ter apresentado atestado médico. Isso porque o trabalhador tirou licença médica após ser atropelado na rua e, quando retornou, as mudanças já estavam feitas.

O ex-empregado trabalhou por mais de 25 anos no banco, ocupando a função de gerente-geral a partir de 2006, quando foi atropelado por uma moto ao atravessar uma rua movimentada. Como resultado, teve traumatismo craniano grave com perda de massa cerebral, e ficou hospitalizado por vários meses. No processo, ele relatou que que passou por vários momentos de humilhação e desvalorização profissional. As suas atribuições de gerente foram esvaziadas a ponto de não lhe ser fornecido mesa de trabalho e, depois, ele ainda teve que exercer funções típicas de escriturário em início de carreira, prestando serviços gerais no balcão. Dois anos depois acabou sendo demitido.

O banco recorreu ao TST pretendendo reduzir o valor, mas o recurso não foi conhecido.