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Comissão apenas 'censura' ex-embaixador acusado de assédio sexual

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Acabou em pizza mais um caso de assédio no Ministério da Relações Exteriores. O presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, Américo Lacombe, afirmou que foi aplicada “censura ética” ao ex-embaixador do Brasil em São Vicente e Granadinas, Michael Francis de Maya Monteiro Gepp por assédio sexual.

A comissão também recomendou que o Itamaraty se mexa e abra processo disciplinar para apurar a conduta do ex-embaixador, acusado de assédio sexual. Mas é improvável que os colegas punam o ministro de carreira, a exemplo do que ocorreu em outros casos, como o do ex-cônsul-geral do Brasil em Sidney (Austrália), Américo Fontenelle, que teve apenas repreensões brandas após graves acusações de assédio moral e sexual contra subordinados. Fontenelle é reincidente: quando cônsul-geral em Toronto (Canadá), na gestão do chanceler Celso Amorim, foi alvo de acusações idênticas e acabou isentado, enquanto ele se jactava de ser “amigo do José Dirceu”.

Gepp foi indicado pela presidente Dilma Rousseff, para esse cargo, em 2012. O relator de sua indicação, no Senado, foi o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ).

Lacombe não revelou detalhes, nem sequer mencionou quantas e quem são as vítimas, mas disse que o exame de e-mails enviados pelo ministro de carreira  verificou que havia indício de “assédio sexual e falta ética”. “Íamos recomendar a demissão, mas ele já foi exonerado desse cargo”, disse Lacombe. Gepp é funcionário de carreira no Itamaraty e, na prática, a censura ética funciona no máximo como uma “mancha” no seu currículo.

 

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