Israel se junta aos Estados Unidos na decisão de abandonar a Unesco
Os dois países protestam contra o viés anti-Israel do organismo
Os Estados Unidos anunciaram a saída da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), nesta quarta (12). O país continuará membro da organização só até o fim deste ano.
Israel também anunciou a saída do organismo, nesta quinta (12). A motivação dos dois países seria a postura anti-semita tomada pela organização. De acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a Unesco teria se tornado um “teatro do absurdo, onde se deforma a história, em vez de preservá-la.”
Em 2016, Israel já havia anunciado a suspensão da cooperação com a Unesco, após a votação sobre um local sagrado de Jerusalém. A decisão foi criticada e os israelenses foram acusados de restringir o acesso de muçulmano a um local.
A justificativa do Departamento de Estado dos EUA é de que o país pretende estabelecer uma missão permanente de observadores no organismo. Em um comunicado, o departamento afirmou ainda que decisão reflete as preocupações dos EUA e o fato do organismo continuar com o viés anti-Israel.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, lamentou a saída do país da Unesco pelo Twitter após receber o aviso oficial do secretário de Estado, Rex Tillerson. Bokova afirmou que a decisão representa uma perda para o multilateralismo e para a "família das Nações Unidas".