Isolado por Renan, Marx reafirma que disputa o Senado, em Alagoas
Ministro que perdeu vaga na chapa de Renan segue pré-candidato
Durante o lançamento do Plano Nacional do Turismo 2018-2022, na última quarta-feira (28), o ministro do Turismo, Marx Beltrão (MDB-AL), demonstrou claramente que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) não o convenceu a desistir de disputar uma das duas vagas ao Senado, após a chegada do ex-ministro dos Transportes, Maurício Quintella (PR-AL), convidado para ocupar a vaga prometida a Beltrão, na chapa que tentará reeleger o ex-presidente do Senado e o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB).
Apesar de afagar o ego dos “aliados”, participando de agendas conjuntas e posando para fotos com os Calheiros, juntos e “até debaixo d’água”, Marx voltou a alfinetar o senador Renan e o deputado federal Maurício Quintella, ao reafirmar que "eleição se ganha na rua e com o povo e não dentro de escritório". E negou ter havido qualquer negociação com o ingresso de Quintella no grupo do qual faz parte.
“Saio do ministério na próxima semana, por opção pessoal. Já vinha dizendo, desde que assumi como deputado, que pretendia disputar o cargo de senador. Meu interesse continua e minha pré-candidatura também”, disse Beltrão à repórter Larissa Bastos, da Gazeta de Alagoas.
Marx exaltou as parcerias entre os ministérios dele e de seu concorrente, ao demonstrar simpatia e amizade por Quintella, que chegou ao grupo para tomar-lhe a vaga da chapa de senador, prometida para ambos por Renan. Mas deixou claro que, como afirmou anteriormente, no MDB ou não, será uma das opções de voto ao Senado.
“Sou amigo dele [Quintella], gosto muito dele e fiz muitas parcerias de trabalho, porque infraestrutura e turismo caminham juntos. Nós que queremos concorrer a um cargo público não podemos jamais escolher com quem queremos competir. Sou pré-candidato, os senadores Renan e Benedito de Lira são pré-candidatos, assim como o ministro Maurício Quintella. O povo de Alagoas terá grandes opções”, disse o ministro Marx.
Há mais de um ano, Marx tem o PSD como rota de fuga, para evitar ser impedido de disputar o mandato de senador pelo MDB. E deve migrar para a sigla do ministro da Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab, até o dia 7 de abril.