Fundação Banco do Brasil

Com a polícia na cola, Jorge Streit pede aposentadoria

Denúncias derrubam presidente da FBB, que pede aposentadoria

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As denúncias de desvio de recursos na Fundação Banco do Brasil forçaram o presidente Jorge Alfredo Streit a pedir demissão e engatar no pedido de aposentadoria para fugir das investigações. Atrás dele, o diretor-executivo de Desenvolvimento Social, Éder Marcelo de Melo, que também é citado nas investigações, reiterou o mesmo pedido de se aposentar. Ambos terão as solicitações analisadas pelo colega, também investigado no esquema de corrupção, o vice-presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável, Robson Rocha. Foi Rocha que concedeu a nomeação deles também.

Denúncias apontam que a Fundação Banco do Brasil firmou convênios ilegais de R$ 36 milhões com entidades ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT). Streit foi indicado para o cargo pelo PT, com apoio do ex-presidente da Fundação Jacques Pena, ligado ao ex-ministro José Dirceu, e os atuais diretores. Jacques também estaria envolvido no esquema, como divulgado pelo jornalista Cláudio Humberto. A lista de organizações não-governamentais, associações e prefeituras beneficiadas está sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal.

Na edição desta quarta-feira (11), o jornalista conta o drama da funcionária do Banco do Brasil, Maria Suely Fernandes, 29, retirada de Brasília pela polícia, com o filho pequeno, após as mensagens ameaçadoras que recebeu no celular. Foi ela quem denunciou maracutaias milionárias na Fundação Banco do Brasil.

Maria Suely Fernandes foi colocada à disposição da FBB para fiscalizar os contratos e convênios, e levou seu trabalho a sério, cumprindo o dever, o que lhe custou caro. Com suas denúncias ignoradas pelos diretores da Fundação e depois perseguida por eles, Maia Suely procurou a Polícia Civil e o Ministério Público do DF, onde prestou depoimento e mostrou os documentos obtidos em seu trabalho de fiscal. Após ameaças, Maria Suely encontra-se sob proteção.

Já em resposta das denúncias, a Fundação divulgou nota no último dia 7, que negava ?a aplicação de investimentos sociais seja pautada por relações político-partidárias ou pessoais?. ?Os convênios e contratos celebrados pela Fundação Banco do Brasil estão de acordo com os preceitos dos órgãos de controle os quais se submete?, diz a nota. Ao Diário do Poder, a assessoria de imprensa da Fundação contou que a investigação corre em segredo de Justiça.

 

 

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