Inflação no Brasil é 10 vezes maior que em países ricos
País encerrou 2015 com índice em 10,7% pela OCDE
A taxa de inflação no Brasil encerrou 2015 com alta de 10,7%, número dez vezes maior do que a de países ricos que fazem parte da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) – que reúne as principais nações desenvolvidas do mundo.
Nos países da OCDE, a taxa de inflação a alta da inflação no ano passado foi de 0,9%.
No entanto, na maioria dos países da OCDE, a taxa perdeu força na comparação com 2014. Ao contrário do Brasil, onde a inflação alcançou os dois dígitos em 2015, o maior risco nas economias maduras é exatamente o oposto: a deflação (queda geral de preços).
França (+0,2%), Itália (+0,1%) e Reino Unido (+0,2%), por exemplo, fecharam 2015 com uma taxa de inflação próxima de zero. A deflação vem tirando o sono dos principais bancos centrais do mundo, já que tende a criar ainda mais recessão. Isso porque empresas e famílias procuram adiar as compras, uma vez que esperam preços mais baixos à frente.
A Alemanha encerou o ano passado com uma inflação de apenas 0,3%. Já no Japão, a taxa ficou em 0,2%. Na semana passada, o BC japonês adotou uma taxa de juros negativa para tentar estimular a economia do país.
Os Estados Unidos terminaram 2015 com uma taxa de inflação de 0,7%, longe da meta de 2% do Federal Reserve (Fed – o banco central americano). O fantasma da deflação é um dos motivos que levaram o Fed a adiar por tanto tempo a retomada da alta dos juros básicos.
No Canadá, por sua vez, a taxa anual de inflação foi de 1,6% em 2015.
Dentre os países que estão fora do grupo, a OCDE destaca a inflação anual do Brasil (10,7%) e da Rússia (12,9%). A organização não divulgou os dados de inflação para a Argentina. Já a China, viu sua inflação chegar a 1,6% no ano passado. Com informações da Agência Estado.