Acordo com a Europa

CNI quer agilidade no acordo Mercosul-União Europeia

acessibilidade:

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, estará em Paris, nessa terça-feira 20 de maio, com o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal, Antônio Rocha, além de outros oito presidentes de federação e mais de 70 empresários brasileiros para o Fórum Econômico Brasil – França. O ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges, participa do evento, que terá as presenças de dirigentes de Vale, Embraer, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Eletrobras e BNDES.

No encontro, Andrade defenderá a rápida conclusão do Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e a União Europeia para uma melhoria nas relações comerciais entre os dois países. Os empresários brasileiros temem que uma movimentação protecionista da agricultura francesa emperre as negociações do bloco. A França é uma grande beneficiária dos subsídios agrícolas europeus.

A indústria brasileira entende que os dois países seriam beneficiados com o acordo pela a ampliação de seus mercados, com isenção de tarifas e redução de barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias.  Além disso, a indústria nacional tem grande interesse em diversificar a pauta de exportações para a França. O Brasil tem déficit comercial de US$ 3 bilhões com os franceses e uma pauta concentrada em produtos básicos. Em 2013, os manufaturados correspondiam a apenas 25% das vendas brasileiras para o país. No entanto, 98% das importações brasileiras da França são de produtos acabados.

Para o presidente da Fibra, Antônio Rocha, o estreitamento das relações entre o Brasil e a França será positivo para ambos, com reflexos também na economia do Distrito Federal. ?Além de Brasília ser uma região no Brasil com grandes atrativos a investimentos estrangeiros, a pauta de exportações do DF apresenta produtos que podem ser de interesse do consumidor francês?, afirmou Rocha.

ENERGIA ? No setor de energia, Andrade lembra que até 2021, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo de energia no Brasil será 50% superior ao de 2012. Para isso, serão necessários R$ 1 trilhão em investimentos em petróleo e gás, na geração de energia elétrica e em biocombustível. As expectativas de produção do pré-sal, a movimentação da cadeia do petróleo e gás, a retomada dos leilões dos blocos petróleo e gás natural formam um cenário favorável para investimentos no setor energético.

Reportar Erro