Democracia

Para Henrique Alves, invasão policial não foi democrática

Invasão aconteceu mesmo após acordo entre manifestantes e a Câmara

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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), criticou na noite desta terça-feira a invasão do Plenário da Casa por manifestantes, ocorrida durante a tarde. “Não foi uma atitude democrática, nem respeitosa”, classificou Alves.

Referindo-se aos policiais militares e aos bombeiros, que pressionam a Câmara pela aprovação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um piso nacional para a categoria, a PEC 300, o presidente da Câmara ressaltou que havia feito um acordo com eles na tarde desta terça. “Recebi os representantes da categoria e pedi um prazo para discutir essa matéria”, disse o presidente, destacando que a discussão deve envolver também governadores e a própria União. “Então me surpreendi com essa atitude que não engrandece nem ajuda o voto consciente dos parlamentares.”

Os manifestantes deixaram o Plenário e também o Salão Verde após as 19h. O relator, da PEC, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), informou que a saída dos policiais e bombeiros do local foi em atendimento ao apelo do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e também um voto de confiança ao compromisso de participação do presidente na reunião do grupo de trabalho (GT) criado hoje para encontrar solução para a proposta. A reunião do GT está marcada para esta quarta-feira, às 11 horas, no gabinete da Presidência da Câmara.

No entanto, os manifestantes favoráveis e contrários ao veto ao projeto (PL 7703/06) do “ato médico” continuaram se manifestando no Salão Verde. Eles vão esperar que o Congresso decida sobre o veto presidencial ao projeto na sessão prevista para esta noite.

 

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