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Grécia promete reformas ao pedir novo programa de ajuda

País fez pedido formal de empréstimo para zona do euro

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A Grécia formalmente pediu um novo programa de ajuda financeira ao fundo de resgate da zona do euro, o Mecanismo de Estabilidade Financeira (ESM, na sigla em inglês), com duração de três anos. Além disso, o país prometeu começar a implementar algumas das medidas de reformas exigidas pelos credores no começo da próxima semana, de acordo com uma cópia do pedido à qual teve acesso o The Wall Street Journal. 

Na terça-feira, 7, credores do país deram, pela primeira vez, um prazo final para que a Grécia apresente propostas e feche um acordo de resgate para evitar a saída da zona do euro. 

O documento foi enviado nesta quarta-feira, 8, pelo novo ministro de Finanças da Grécia, Euclid Tsakalotos, para Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo (grupo de ministros de Finanças da zona do euro), e Klaus Regling, diretor do ESM. Ele substitui o pedido anterior feito na semana passada, referente a um programa de dois anos.

A carta diz que o governo vai começar a implementar algumas medidas de reforma, incluindo algumas sobre tributação e pensões, até o início da próxima semana, sem entrar em detalhes. Antes disso, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse nesta quarta-feira que o governo vai apresentar medidas concretas e detalhadas de reformas nos próximos dias.

No documento, a Grécia diz ainda que vai "cumprir todas as suas obrigações financeiras com todos os credores de uma forma plena e no tempo", indicando que poderá pagar a dívida ao Banco Central Europeu (BCE) que vence no próximo dia 20, no valor de € 3,5 bilhões. O pedido afirma também que o "novo programa poderá ser usado para a Grécia cumprir suas obrigações e garantir a estabilidade do sistema financeiro".

Por fim, o documento também pede um alívio da dívida, embora em um tom mais amigável. "Como parte de uma discussão mais ampla a ser realizada, a Grécia acolhe bem a oportunidade de explorar as potenciais medidas a serem tomadas para que a sua dívida se torne sustentável e viável a longo prazo". (AE)

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