Governo nega pedido de proteção a ex-gerente da Petrobras
Pedido de proteção policial foi feito pela Câmara após solicitação do DEM
O Ministério da Justiça negou o pedido da Câmara dos Deputados para garantir a proteção policial da ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca. Ela afirma que informou toda a diretoria da estatal, incluindo a atual presidente, Graça Foster, sobre os desvios de dinheiro em contratos firmados pela companhia.
O solicitação de proteção policial foi feito pelo DEM na semana passada, logo após as primeiras informações de Venina sobre o Petrolão. Na representação, o partido alega que a ex-gerente se posicionou de ?forma corajosa? ao apontar as irregularidades na estatal e que, por isso, sofreu ?retaliações profissionais e ameaças à sua vida e a de sua família?.
O Ministério da Justiça informou à Câmara que cabe à ex-gerente requisitar proteção para não configurar abuso de autoridade ou constrangimento ilegal. “A solicitação de providências para assegurar a proteção de Venina Velosa da Fonseca necessariamente deverá ser apresentada pela mesma, uma vez que a proteção efetuada sem o seu consentimento poderá caracterizar abuso de autoridade ou constrangimento ilegal”, disse o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, no ofício.
Em entrevista ao Fantástico na noite de ontem, 21, Venina voltou a afirmar que alertou pessoalmente Graça Foster sobre irregularidades em contratos. A ex-gerente declarou que recebeu “várias ameaças” quando trabalhava na Petrobras e começou a apurar as irregularidades. Ela foi afastada da estatal e enviada a Cingapura, logo depois de fazer as primeiras denúncias.