'Eternidade de incompetência'

Governo fez "tudo da pior forma possível", diz Romero Jucá

Novo presidente do PMDB defendeu saída da sigla do governo

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O senador Romero Jucá (RR) fez nesta terça-feira, 5, seu primeiro discurso após assumir a presidência do PMDB e aproveitou para criticar o governo da presidente Dilma Rousseff: “conseguiu fazer tudo da pior forma possível”.

“Da eleição [de 2014] para cá se passaram um ano e três meses da posse. Esse um ano e três meses se transformou numa eternidade de incompetência. O governo se superou, o governo conseguiu fazer tudo da pior forma possível, e nós temos hoje este quadro que está aí”, disse Jucá na tribuna do Senado.

O senador assumiu o posto de presidente do PMDB no lugar do vice-presidente da República Michel Temer na manhã desta terça. A decisão é uma estratégia do partido para tentar proteger o PMDB de ataques do PT após o rompimento com o governo.

O presidente em exercício do PMDB também defendeu a decisão tomada pelo partido de antecipar o rompimento com o governo. Ele ainda declarou que votou no senador Aécio Neves (PSDB-MG) nas últimas eleições.

“Em 2014, 40% do PMDB já entendia que não daria certo [a chapa Dilma-Temer]. E em 2016 esses 40% evoluíram para 82%, e assim é o jogo da democracia. […] Eu disse ao presidente Michel Temer: ‘eu não posso votar em você, porque votar em você é votar na presidente Dilma Rousseff e eu sou economista, não poderia concordar com a política da presidente’. Eu votei no Aécio Neves”, declarou Jucá.

O senador também disse que mesmo que Dilma Rousseff consiga derrotar o processo de impeachment na Câmara dos Deputados, ela não terá condições de governar. “Só se terá solução se tiver 342 votos pelo impeachment ou 342 votos pelo não-impeachment. Alguém pensar que conseguir 180 votos [para barrar o impeachment] e com isso se resolve o problema do país, se engana. O problema será agravado. O resto de credibilidade irá ao chão”, opinou o presidente em exercício do PMDB.

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