Governador de PE e prefeito do Recife sofrem derrotas vexatórias no PSB
Eles foram derrotados por Fernando Bezerra Coelho, pai e filho
Os pretensos herdeiros pernambucanos do falecido ex-governador Eduardo Campos sofreram significativa derrota em seu próprio partido, o PSB, na disputa pelos cargos de líderes no Senado e na Câmara. A derrota foi imposta pelo senador Fernando Bezerra Coelho, novo líder do PSB no Senado, e seu filho, ministro Fernando Coelho (Minas e Energia).
Fernando Bezerra Coelho, pai e filho, são adversários do grupo do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, que se empenharam pessoalmente na disputa pelas lideranças do PSB na Câmara e no Senado, mas foram derrotados em ambas.
Na Câmara, a eleita foi a deputada Tereza Cristina (PSB-MS), que recebeu 22 votos dos 36 integrantes do diretório nacional. Ela contou com o forte apoio do ministro Fernando Filho contra o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), candidato do governador e do prefeito, que somou apenas 14 votos.
A derrota do governador de Pernambuco e do prefeito do Recife foi considerada vexatória, em razão do empenho pessoal deles na disputa. Chegaram a demitir provisoriamente deputados federais licenciados para exercer cargos no Poder Executivo, a fim de que participassem da votação. Foi inútil.
A importância de um Líder
Antes da eleição, a nova líder Tereza Cristina enviou carta aos deputados do partido garantindo estar “preparada e motivada” para o desafio que tem pela frente. A parlamentar reafirmou o compromisso de exercer a liderança com “diálogo permanente e muito respeito a cada membro da bancada”.
A atividade exercida por um líder é parte essencial do processo legislativo. Os líderes acumulam uma série de atribuições importantes, principalmente ligadas à articulação política e ao trabalho de unificação do discurso partidário.
Nas comissões, os líderes têm a prerrogativa de encaminhar as votações e pedir a verificação do quórum para validar uma determinada votação, mesmo que não seja integrante da comissão. Também compete aos líderes indicar os parlamentares para compor as comissões e, a qualquer tempo, substituí-los.