Ré na Lava Jato

Gleisi Hoffmann se declara impedida de analisar indicação de Moraes na CCJ

Ela poderia votar caso algum titular de seu bloco se ausentasse

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A líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR), se declarou impedida de analisar a indicação de Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina do ministro afastado do Ministério da Fazenda acontece neste momento, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

A petista é integrante suplente da CCJ, mas poderia ser convocada a votar caso um dos senadores que integre o bloco da petista e que seja titular do colegiado se ausentasse da votação.

Ré no Supremo no âmbito da Operação Lava Jato, Gleisi se limitou a enunciar, na sua justificativa, um artigo do regimento interno do Senado que diz que “nenhum senador poderá escusar-se de votar, salvo quando se tratar de assunto em que tem interesse pessoal, devendo declarar o impedimento antes da votação”.

“Todos nesta comissão, a imprensa, a sociedade, conhecem o meu posicionamento claro em relação a essa questão. Minha opinião á manifestada publicamente, e demonstrada no pedido de adiamento desta sessão. Entretanto […] quero invocar o regimento interno para declarar o meu impedimento, reservando o meu direito de me manifestar e de elaborar as minhas perguntas ao sabatinado”, declarou a senadora.

Gleisi e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, respondem a processo sobre suposto recebimento de R$ 1 milhão desviados da Petrobras. O casal nega as acusações.

Ela também é alvo de um segundo inquérito, autorizado pelo STF, por suposto envolvimento com os crimes investigados na Lava Jato.

Se tiver o nome aprovado ao STF, Moraes será o revisor dos processos relacionados à operação na Corte. O revisor auxilia o relator, sugerindo medidas para corrigir algum problema do processo, além de confirmar, completar ou retificar o relatório (resumo do caso). 

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