Estradas mal conservadas

Fim das concessões no RS traz dor de cabeça para motoristas

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O governo do Rio Grande do Sul rescindiu os contratos com as concessionárias das rodovias gaúchas no final de maio deste ano.  Quase três meses depois, as estradas, entregues, em sua maioria, em boas condições, já precisam de operações tapa buraco para maquiar a falta de manutenção. Entre estradas estaduais e federais, 491,5 quilômetros estavam sob concessão há 15 anos.

Um dos trechos da RS-122 agora administrados pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) entre os municípios de Flores da Cunha e Antônio Prado começou a apresentar buracos duas semanas após o término da concessão. A falta de planejamento e de capacidade de gerenciamento do setor pelo governo gaúcho fica evidente em locais com movimento intenso.

De acordo com moradores da região, os buracos se multiplicam mais rápido do que as poucas equipes conseguem tapá-los. Além disso, os relatos de acidentes graves são recorrentes, pois caminhões e carros fazem de tudo para desviar dos buracos, inclusive trafegar na contramão.

Situação parecida é verificada na BR-116, entre os municípios de Campestre da Serra e São Marcos. O maior perigo é na ponte do Rio das Antas, onde uma verdadeira cratera antecede a entrada da passagem. ?Quem não conhece, é capaz de cair da ponte. Sinceramente, preferia continuar pagando o pedágio, com um valor menor, mas ter melhorias na estrada?, disse uma moradora da região.

A explicação, de acordo com um diagnóstico elaborado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) em 2013, é o aumento do trânsito de veículos pesados. O relatório verificou que 77% dos caminhões trafegam com excesso de peso. Dados da Polícia Rodoviária Federal apontam para um crescimento visível do movimento de caminhões após o fim da cobrança dos pedágios.

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