LUXO E PROTESTO

Filha de ministro da Saúde se casa sob protestos e chuva de ovos

Protesto no casório de filha deputada foi normal, diz ministro

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Um protesto reuniu cerca de 200 manifestantes, na noite dessa sexta-feira (15), em frente à Igreja do Rosário, no Centro de Curitiba, onde foi celebrado o casamento da deputada estadual Maria Victoria (PP), filha do ministro da saúde Ricardo Barros. Alvo de ovos e objetos lançados em sua direção, a parlamentar foi escoltada por policiais bancados pelo Governo do Estado do Paraná, do qual sua mãe, Cida Borghetti (PP), é a vice-governadora.

Palavras de ordem, como "golpista", "fora, Temer" e "fora, Richa", eram gritadas pelos manifestantes contrários às reformas trabalhista e da Previdência e ao governador Beto Richa. Houve confronto com policiais, em alguns momentos das cerca de quatro horas em que permaneceram mobilizados.

A chuva de ovos e objetos também tiveram como alvos os convidados do casamento, que também foram vaiados. E tanto a noiva como seu pai consideraram o incidente como natural do processo democrático.

"Nós estamos em uma democracia. Nada do que estava previsto deixou de acontecer no casamento a não ser que a noiva queria ir a pé da Igreja do Rosário ao Palácio Garibaldi, mas tudo correu como deveria e, evidentemente, a pré-candidatura da vice-governadora Cida Borghetti ao Governo do Paraná foi o motivo da reação da esquerda nesse momento", disse o ministro.

Em nota, Maria Victória lamentou que convidados tivessem sido alvo de agressões físicas e verbais. “Tudo transcorreu dentro da normalidade na cerimônia religiosa e na recepção aos convidados. Apenas o trajeto que os noivos fariam a pé da Igreja do Rosário ao Palácio Garibaldi foi alterado pela ação dos manifestantes. Lamentamos as agressões físicas e verbais a alguns convidados, porém é o preço da democracia. A pré-candidatura de Cida Borghetti ao Governo do Paraná foi a motivação dos protestos incentivados e financiados pelos partidos e sindicatos de esquerda”, disse a deputada, na nota.

Veja como foi a chegada da noiva à Igreja: 

CONFRONTO E PROTEÇÃO

Na saída e na entrada do casamento, seguranças particulares do evento usaram guarda-chuvas para evitar que a noiva e convidados fossem atingidos pelo material arremessado. Policiais reagiram com cassetetes, bombas e balas de borracha.

Uma grande tenda foi armada no local da festa, o Palácio Garibaldi, e começou a ser feita sem autorização dos órgãos de controle, no prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico do Paraná. A festa foi mantida, após vistoria de órgãos responsáveis e o anúncio de que a empresa organizadora seria multada pela irregularidade.

Havia 14 viaturas da Polícia Militar, e várias guarnições das principais tropas especializadas, acompanhando o protesto. Tudo incidental, segundo a assessoria da PM, que alegou que as tropas estariam ali por causa da Operação Hermes, que visa aumentar a segurança em ruas do Centro de Curitiba. 

Veja por outro ângulo a chegada da noiva: 

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