Quartas de final

Felipão lembra 2002 e não descarta usar três zagueiros

Técnico não descarta a possibilidade de usar Dante e Henrique

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Sem o volante Luiz Gustavo, suspenso, o técnico Luiz Felipe Scolari analisa as opções que possui no elenco para repor a perda do seu principal marcador, suspenso pelo segundo cartão amarelo e que cumprirá suspensão automática na próxima sexta-feira, em Fortaleza, diante da Colômbia, pelas quartas de final da Copa do Mundo.

O treinador pode trocar Luiz Gustavo por outro volante, como Paulinho, Ramires e Hernanes, mas admitiu a possibilidade a recorrer a um zagueiro, casos de Dante e Henrique, ao relembrar do esquema tático utilizado durante o Mundial de 2002. Há 12 anos, na vitoriosa campanha da seleção, Felipão utilizou os zagueiros Lúcio, Edmilson e Roque Junior juntos.

“Tenho duas possibilidades: continuo jogando da forma que vinha jogando, com a entrada de outro atleta no setor, ou mudo o sistema todo. E aí posso iniciar como jogava na Copa de 2002, com três zagueiros e liberando mais os laterais”, disse Felipão, em entrevista ao SporTV.

O técnico da seleção, porém, não deu nenhuma dica sobre quem será o substituto de Luiz Gustavo – Paulinho parece ser o favorito para ganhar uma chance – e destacou que os treinos nos dias que antecedem o duelo com a Colômbia serão decisivos para a definição da escalação do Brasil.

“Vou ver nos dias que antecedem o jogo, ver em quais condições alguns jogadores se reapresentaram, com problemas físicos ou não, quem vai treinar, como se apresentam nos treinos. Aí vamos definir”, afirmou.

Já pensando no duelo com a Colômbia, Felipão fez elogios ao meia James Rodríguez, artilheiro da Copa, com cinco gols, mas garantiu que a sua preocupação maior é mesmo com o sistema tático do adversário. “Não adianta só parar o James, temos que parar toda a sistemática de jogo da Colômbia”, comentou.

Felipão também admitiu que a seleção ainda não demonstrou todo seu potencial em campo nesta Copa, em que acumula duas vitórias e dois empates, com uma classificação dramática às quartas de final, definida na disputa de pênaltis contra o Chile.

“É normal que a imprensa brasileira, e até mesmo a imprensa estrangeira, cobre que tenhamos atuações melhores do que as que tivemos até agora. Não em todos os jogos, mas em um ou dois fomos um pouco diferentes do que estávamos acostumados a apresentar”, disse.

Ao mesmo tempo, porém, lembrou que as dificuldades estão sendo recorrentes para todas as seleções mais tradicionais nesta Copa. “Não existe diferença entre as seleções com tradição e as outras seleções. Vence-se por pênaltis, nos últimos minutos, por erro absurdo”, completou. ( Leandro Silveira/Estadão Conteúdo)

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