Explosão em Chelsea

FBI caça homem de 28 anos suspeito de ataque a bomba em Nova York

Ahmad Rahami nasceu no Afeganistão e é naturalizado americano

acessibilidade:

Autoridades americanas estão em busca de uma pessoa identificada como Ahmad Khan Rahami, que poderia ter ligação com as bombas que explodiram no fim de semana em Nova York, informou nesta segunda-feira, 19, o FBI, a polícia federal americana.

O homem, de 28 anos, é um americano naturalizado, nascido no Afeganistão e que vivia na cidade de Elizabeth, no Estado de New Jersey, ao lado de Nova York, onde outra bomba explodiu durante esta madrugada, quando um robô do esquadrão antibomba cortou um fio do mecanismo, disseram autoridades. Ninguém ficou ferido com a explosão. O artefato foi deixado em uma mochila, colocada dentro de uma lata de lixo próxima a uma estação de trem e a um bar, afirmou o prefeito de Elizabeth, Christian Bollwage. Até cinco possíveis artefatos explosivos foram encontrados na mochila após ela ser esvaziada.

O FBI confirmou no comunicado que informou aos veículos de imprensa que Rahami é procurado para ser interrogado por suposta conexão com a explosão que deixou 29 feridos na noite de sábado, no bairro nova-iorquino de Chelsea. O alerta também foi veiculado na rede de telefones celulares de Nova York. O sujeito procurado "pode estar armado e é perigoso", diz o alerta do FBI.

A comunicação oficial não detalhou se Rahami está vinculado com a segunda bomba que foi encontrada em Chelsea pouco depois da explosão da primeira, ou com a que explodiu em Elizabeth nas últimas horas.

Segundo a emissora ABC, uma fonte policial garantiu que a pessoa procurada foi identificada a partir dos dados obtidos de um telefone celular que foi encontrado junto a uma panela de pressão com explosivos – mas que não explodiu – no sábado à noite em Nova York.

Bollwage disse à ABC que agentes do FBI e da polícia de New Jersey estavam realizando buscas durante a madrugada em um estabelecimento comercial da cidade, possivelmente por ligação com as explosões.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, destacou que o atentado em Manhattan pode ser um ato de terrorismo ligado ao ocorrido em New Jersey.

Detenções. Autoridades detiveram cinco pessoas na noite de domingo, que viajavam em um automóvel em uma estrada do distrito de Nova York e que podem ter relações de parentesco com Rahami, informaram fontes policiais anônimas.

A agência do FBI em Nova York, no entanto, disse em sua conta no Twitter que ninguém foi acusado pelas bombas, e não fez menção a detenções. "Fizemos parar um veículo que era de interesse para a investigação", afirma um tuíte. "Ninguém foi acusado de qualquer crime. A investigação continua", completa a mensagem na rede social. A imprensa local informou que os cinco passageiros do veículo estão sob custódia para interrogatórios.

O carro foi detido às 21h30 locais (22h30 em Brasília) quando seguia para o leste na ponte Verrazano-Narrows, que liga a cidade de Nova York ao Brooklyn e Staten Island. Segundo o jornal The New York Times, um dos oficiais que participou da ação contou que as pessoas do grupo podiam ser da mesma família e que poderiam estar a caminho do aeroporto.

O jornal New York Daily News informou que armas foram encontradas no carro. A publicação também afirma que uma pessoa de interesse para os investigadores foi identificada por imagens registradas por câmeras de segurança. Não está claro se seria um dos detidos.

Um porta-voz da polícia de Nova York se recusou a confirmar as informações e se limitou a afirmar que a investigação está em curso. Todas as forças de segurança de Nova York estão em alerta desde a explosão de uma bomba no bairro de Chelsea, em Manhattan, no sábado à noite, que deixou 29 pessoas feridas. (AE)

Reportar Erro