DESCASO NA SAÚDE

Falta de remédio faz hospital fechar para novos pacientes, em Alagoas

Referência alagoana para doenças contagiosas recusa pacientes

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Desde a última sexta-feira (26), o único hospital do Estado de Alagoas especializado no tratamento de doenças infectocontagiosas está com suas portas fechadas para novos atendimentos, por causa da ausência de medicamentos e materiais correlatos. A situação de suspensão de atendimentos é inédita para o Hospital de Doenças Tropicais Hélvio Auto (HDT).

A Secretaria de Estado da Saúde chegou a enviar medicamentos para tentar suprir a necessidade de estoque, na sexta-feira. Mas o volume foi insuficiente para atender novos pacientes, além daqueles que já estão internados.

A unidade oferece tratamento para doenças contagiosas como meningite e AIDS. E está orientando novos pacientes a procurar unidades de emergência, a exemplo do Hospital Geral do Estado (HGE) e das unidades de pronto atendimento (UPAs) da capital alagoana.

A Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), que administra o hospital, informou que deverá normalizar o estoque de medicamentos até a próxima quarta-feira (31). E a reabertura da unidade para novos pacientes dependerá de uma avaliação de médicos e da gerência do HDT.

Na lista de medicamentos escassos no estoque, estão itens fundamentais aos tratamentos, como antibióticos. 

Os pacientes usuários de unidades da rede estadual de saúde convivem com desabastecimento, pela ausência de planejamento e de realização de licitações. O problema foi alvo da Polícia Federal na Operação Correlatos, em 2017, que constatou que, desde 2015, suspeitas de fraude em R$ 180 milhões em compras de medicamentos na modalidade emergencial, na pasta da Saúde do governo de Renan Filho (MDB), comandada até o ano passado pela ex-reitora da Uncisal, Rozangela Wyszomirska.

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