Delação bomba

Fachin homologa delação premiada dos donos da JBS

Joesley Batista gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha

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O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, homologou nesta quinta-feira, 18, a delação premiada dos donos do grupo JBS, Joesley e Wesley Batista. As delações permanecem sob sigilo de Justiça.

Os empresários firmaram o acordo com o Ministério Público Federal (MPF) no final de março. A partir de agora, a Procuradoria Geral da República (PGR) pode pedir novas investigações com base nos relatos.

Os irmãos Batista teriam gravado áudio de uma conversa com o presidente Michel Temer em que ele teria dado aval para que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao doleiro Lúcio Funaro para que esses ficassem em silêncio. Cunha está preso em Curitiba. 

Outra gravação feita por Joesley Batista diz que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), teria pedido R$ 2 milhões ao empresário. O dinheiro teria sido entregue a um primo de Aécio. A entrega foi registrada em vídeo pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que o montante foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

Na manhã de hoje, a PF fez buscas na casa e no gabinete do senador em Brasília e em endereços relacionados a ele no Rio de Janeiro. A irmã do parlamentar, Andrea Neves, foi presa em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. 

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