Eleições pelo mundo

Explosões de bombas no afeganistão deixam 12 mortos

Eleições presidenciais e provinciais foram alvo de conflitos e atentados

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Pelo menos 12 pessoas morreram hoje, 5, durante as eleições presidenciais e provinciais no Afeganistão. De acordo com o diretor da Direção Nacional de Segurança do Afeganistão, Ghulam Jilani Farahi, o incidente mais grave ocorreu na província de Zabul, onde dois agentes de segurança foram mortos e outros quatro ficaram feridos após a explosão de uma bomba. Ainda em Zabul, um homem foi morto pela polícia após tentar entrar em uma sala de votação feminina. Na província de Kapisa, quatro pessoas morreram quando a bomba que estavam carregando explodiu. Também há registros de ataques armados nas províncias de Nangarhar, Kunar e Laghman. Ontem, os talibãs do Afeganistão advertiram que iriam realizar uma “ampla gama de ataques” durante o pleito presidencial e provincial de hoje. Em um comunicado divulgado na Internet, o grupo fundamentalista islâmico disse que “todo o complexo dessas eleições falsificadas” está sob a mira dos seus combatentes.

Na mensagem, os terroristas instaram os afegãos a não participarem de uma votação desenvolvida “em meio à ocupação norte-americana”, e avisaram que qualquer pessoa ou local que participar do pleito estará em perigo. Votações O primeiro eleitor a votar hoje em Cabul foi o presidente da Comissão Eleitoral Independente (Iec), Mohammad Yusuf Nuristani.

Apesa da chuva e do frio na capital, muitos eleitores fizeram fila antes da abertura das urnas eleitorais. As várias medidas de segurança em Cabul dificultaram jornada eleitoral, causando dificuldade no descolamento das pessoas.

O serviço de sms por celular foi suspenso até o final da noite de hoje, para impedir a difusão de mensagens eleitorais, proibidas por lei durante as votações. A participação das mulheres aumentou nas eleições presidenciais deste ano. A estimativa é de que 30% a mais de mulheres se registraram nessas eleições em relação às de 2009. “Precisamos ter em mente que há lugares onde as tradições são fortíssimas e as mulheres quase não podem sair de casa. Mas a determinação e a vontade que temos visto em muitas províncias afegãs afirmam que a participação feminina desta vez será sem precedentes”, afirmou à Ansa Aresh Barak, responsável pela ONG Organização Social e Nacional da Juventude do Afeganistão (Aynso). Cerca de 10 candidatos disputam a sucessão do presidente Hamid Karzai, que está no cargo desde 2004. Segundo a Constituição do país, ele não pode concorrer a um terceiro mandato. Ansa

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