Guerra comercial

EUA suspendem tarifas sobre importações da China após dias de negociações

Países fecharam acordo para reduzir déficit nas relações internacionais

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Os Estados Unidos informaram neste domingo, 20, que suspenderam a guerra comercial com a China, após dias de negociações entre as partes. Porém, de acordo com o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, o presidente Donald Trump pode no futuro impor tarifas, caso Pequim não leve adiante suas promessas.

Segundo Mnuchin, foi fechado um marco, uma estrutura entre as partes, que incluirá uma redução "significativa" do déficit comercial americano com a potência asiática. "Há um acordo com a China para reduzir o déficit substancialmente", enfatizou.

Com a decisão, o governo norte-americano deseja atingir uma alta de 35% a 40% em suas vendas no setor agrícola à China apenas neste ano. No setor de energia, a intenção é que as compras chinesas dobrem no futuro próximo, de acordo com secretário. "É possível haver alta de US$ 50, US$ 60 bilhões em compras de energia [da China] nos próximos três a cinco anos".

O déficit comercial anual em bens e serviços dos EUA com a China soma US$ 335 bilhões, segundo a Reuters. Durante uma rodada inicial conversas no início deste mês em Pequim, Washington demandou que a China reduza seu superávit comercial em US$ 200 bilhões. O comunicado conjunto dos dois países no sábado não citou valores.

"Temos objetivos específicos. Não vou divulgar publicamente quais eles são. Eles vão de indústria por indústria", disse Mnuchin. "Também discutimos questões estruturais muito importantes a serem levadas em consideração na sua economia para que nós possamos ter acesso a eles de forma equitativa", acrescentou.

Ele também disse que o secretário de Comércio, Wilbur Ross, visitará em breve a China e tratará, entre outros temas, de buscar maior abertura no setor de tecnologia.

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