Espionagem

Estados Unidos leram 56 mil e-mails de cidadãos sem ligações ao terrorismo

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Os Estados Unidos da América bisbilhotaram 56 mil e-mails de cidadãos sem nenhuma ligação ao terrorismo entre 2008 e 2011. A Agência Nacional de Segurança (NSA) americana desviava grandes volumes de dados internacionais que circulavam por fibra ótica nos Estados Unidos, supostamente para filtrar as comunicações estrangeiras. Porém, a agência indicou dificuldades para separar os e-mails os norte-americanos e a estimativa é que tenha recolhido cerca de 56 mil comunicações todos os anos.

A informação está em documento oficial de 86 páginas preparado pela Agência Nacional de Segurança (NSA) e detalha a forma como a agência interceptava dados que violam a privacidade de pessoas. A publicação do documento ocorre depois de o governo norte-americano decidir desclassificar as decisões do tribunal federal, que define e autoriza as operações de vigilância, assim como analisa a legalidade dos programas de espionagem. As deliberações do tribunal são normalmente secretas (classificadas).

A mudança para revelar os documentos surge em meio às denúncias de Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços à NSA e que divulgou o esquema de espionagem. A NSA recolhia entre 20 milhões e 25 milhões de correios eletrônicos por ano, por intermédio desse programa, dos quais cerca de 56 mil eram classificados como domésticos, representando comunicação de cidadãos norte-americanos ou residentes nos Estados Unidos sem ligações com o terrorismo.

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