Thomas Shannon diz que espionagem do Brasil é "pobre"

Após deixar Brasília, onde atuou como embaixador dos Estados Unidos da América até setembro, o atual assessor de John Kerry e secretário de Estado da administração Barack Obama, Thomas Shannon chamou o trabalho da inteligência do Brasil de ?pobre? e que não está à altura das ambições globais do País.

Numa palestra de cerca de duas horas, no Wilson Center, em Washington, Shannon insinuou que o Brasil deveria enxergar os EUA como ?um parceiro útil? e não como um espião. Ele ainda alegou estar esperançoso de que os brasileiros irão ultrapassar a fase das ?preocupações imediatistas? provocadas pelos vazamentos de Edward Snowden e reconhecer a utilidade de uma ?parceria? com os EUA.

Shannon ainda disse que o Brasil deveria reconhecer que o imbatível trabalho de inteligência dos Estados Unidos, pois há muito interessados no Brasil. E ainda foi irônico ao dizer que o pais norte-americano pode dar alguns truques caso os brasileiros parem de encher o saco. Ele também lamentou o cancelamento da visita da presidente Dilma Rousseff marcada para outubro em Washington.

Esperto, Shannon agradeceu a reação da presidente Dilma Rousseff na leitura da carta aberta de Edward Snowden, que se colocou à disposição para vir morar no Brasil e ainda colaborar com as investigações. Ele parece convencido de que Dilma não dará abrigo ao ?traidor? norte-americano.