Efeito Marielle

Escritório da ONU acha situação de ativistas no Brasil 'sombria'

ONGs denunciarão caso Marielle no plenário da ONU por reposta do governo

acessibilidade:

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) na última semana é acompanhado de perto pela ONU. Há suspeita de que a parlamentar tenha sido executada e a polícia ainda procura os assassinos.

Após o crime, o Escritório de Direitos Humanos da ONU fez um alerta afirmando que a situação de defensores de direitos humanos no Brasil é “sombria”.

Ao jornal Estado de São Paulo, a entidade ressaltou que o caso da vereadora é sintoma de um problema mais amplo. “Infelizmente, o caso de Marielle Franco ocorre em um contexto mais amplo caracterizado por uma situação sombria para defensores de direitos humanos no Brasil”. 

O órgão das Nações Unidas também afirma que o governo precisa agir de forma “urgente” para lidar com o problema. 

Informes de diferentes entidades, como Anistia Internacional, apontam o Brasil como o local mais perigoso para o trabalho de ativistas. Um ativista de direitos humanos morre no Brasil por semana. E isso apenas contando aqueles que trabalham com assuntos ambientais e de acesso a terras. 

Conforme o Estadão noticiou, o governo brasileiro ignorou cartas confidenciais das Nações Unidas que alertavam sobre ameaças de mortes a pelo menos 17 ativistas dos direitos humano no Brasil.

Nesta terça-feira, cem ONGs irão levar a situação dos ativistas brasileiros para a plenária da ONU. Entidades nacionais e estrangeiras denunciarão o estado brasileiro diante da morte da vereadora Marielle Franco. O grupo ainda cobrará investigações imparciais e que o programa de proteção a defensores de direitos humanos seja fortalecido. 

A denúncia obrigará o governo brasileiro a responder, diante dos demais estados.

Reportar Erro