Antes de assumir os EUA

Empresa de Trump cancela negociações com parceiros no Brasil

Trump Organization também cancelou negociações na Argentina e Índia

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A Trump Organization cancelou negociações sobre possíveis projetos no Brasil, Argentina e Índia, ao passo em que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, recua de negócios menos de três semanas antes de assumir a Casa Branca.

O advogado da organização, Alan Garten, disse na quarta-feira, 4, que a companhia cancelou um “memorando de entendimento” para continuar negociações com parceiros locais sobre possíveis torres comerciais no Rio de Janeiro. Ele também disse que a companhia não vai prosseguir com negociações “exploratórias” sobre projetos em Pune, na Índia, e em Buenos Aires, na Argentina.

A decisão vem na esteira de cancelamentos feitos no final do ano passado de projetos de hotéis no Brasil, Azerbaijão e Geórgia. Trump tem sido pressionado para se separar de seus negócios antes de tomar posse.

As regras americanas não exigem que os presidentes vendam seus negócios ou investimentos, mas críticos argumentam que Trump deve fazê-lo, pois seus investimentos internacionais representam conflitos de interesse sem precedentes.

O republicano não deu indicações de que planeja vender seus ativos. Em vez disso, ele prometeu não fazer mais acordos enquanto presidente, além de deixar a administração de sua companhia para dois de seus filhos e executivos.

O projeto de negócios no Brasil recebeu alguma publicidade. O plano era construir cinco torres no Rio de Janeiro, mas o empreendimento foi atrelado a um escândalo de corrupção que não envolveu Trump diretamente. O projeto, chamado de Trump Towers Rio foi anunciado em 2012, mas a construção ainda não tinha saído do papel. Trump também tinha um acordo de licença para um hotel no Brasil, mas o negócio foi cancelado no fim de 2016 e o nome do magnata deve ser retirado do empreendimento.

O magnata do ramo imobiliário tem participação em mais de 500 empresas em cerca de 20 países, mas muitas dessas companhias foram estabelecidas por razões fiscais ou legais, sem que realizem negócios. (AE)

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