Caso Lava Jato

Empreiteiras doaram R$ 49,8 mi para 41% do novo Congresso

Doações foram para candidatos desde o PT até para partidos da oposição

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As empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato foram responsáveis pelas doações de R$ 49,8 milhões na disputa de novos parlamentares por uma vaga no Congresso Nacional a partir de 2015. Segundo levantamento do jornal Folha de S. Paulo, Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Júnior, OAS, Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC doaram para 41% dos deputados e senadores eleitos em outubro.

Das empresas investigadas, a OAS foi a que mais abriu o cofre para doações para candidatos: R$ 14,6 milhões. Ela é seguida por Odebrecht (R$ 11,7 milhões) e Queiroz Galvão (R$ 8,5 milhões). Já as que menos doaram foram a Mendes Júnior (R$ 200 mil) e Engevix (R$ 2,6 milhões). O senador eleito pelo PSD da Bahia Otto Alencar recebeu a maior fatia: R$ 2,9 milhões.

Entre os deputados federais e senadores cujas campanhas mais receberam esses recursos, diretamente ou por meio dos partidos ou comitês de campanha, estão integrantes do PP, PMDB, PT e da oposição.

Ao todo, 243 receberam doações de oito das nove empresas investigadas. Na lista dos 15 que obtiveram as maiores contribuições, há três deputados do PP (Partido Progressista) do Paraná: Nelson Meurer, Dilceu Sperafico e Ricardo Barros.

No PT e no PMDB, aparecem na lista dos que mais receberam doações registradas o deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), membro titular da CPI Mista da Petrobras, a senadora Katia Abreu (PMDB-TO), os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Luiz Sérgio (PT-RJ), além do senador eleito Paulo Rocha (PT-PA), absolvido no processo do mensalão.

No campo da oposição, figuram na lista os senadores eleitos José Serra (PSDB-SP), Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), além dos deputados eleitos José Carlos Aleluia (DEM-BA), Alberto Fraga (DEM-DF) e Alexandre Leite (DEM-SP).

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