Governo despenca nas pesquisas e ainda vê a oposição ressurgir

Além das pesquisas que revelam queda acentuada na aprovação do governo Dilma e em suas chances de reeleição, com reflexos em candidaturas do PT em todo o País, o Palácio do Planalto está preocupado com levantamentos que mostram o ressurgimento de vários políticos de oposição que considerava politicamente “fora de combate”, como o ex-governador do Ceará e ex-senador Tasso Jereissati (PSDB).

A avaliação do governo Dilma caiu 24 pontos percentuais em um mês, e as manifestações de rua são apoiadas por 89%, ou sejam, 9 em cada 10 brasileiros, segundo pesquisa realizada pelo Ibope, para a Confederação Nacional da Indústria. Segundo o levantamento, 31% dos entrevistados deram nota “zero” para as reações da presidenta Dilma às reivindicações nos protestos. A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 12 deste mês.

O ex-senador Tasso Jereissati, que esteve no grupo de políticos oposicionistas em cujas derrotas eleitorais o ex-presidente Lula se empenhou pessoalmente, mostrou na pesquisa do Ibope que está politicamente “vivo”. Ele lidera todos os cenários para governador e senador, conforme pesquisa divulgada pelo Ibope. No primeiro cenário para governador, Jereissati tem 45% das intenções de voto, ante 20% de Eunício Oliveira, 6% de Mauro Filho, 4% de Leônidas Cristino e 4% de Domingos Filho. No segundo cenário, Tasso Jereissati 49%, Eunício Oliveira 26% e Leônidas Cristino 4%.

Já na disputa entre Tasso Jereissati, Eunício Oliveira e Mauro Filho, os percentuais de menções de voto são 50%, 25% e 6%, respectivamente. Em um quarto cenário, Tasso Jereissati atinge 51% das menções, enquanto  26% citam Eunício Oliveira e 4% Domingos Filho.

Na pesquisa estimulada para senador, o Ibope testou dois cenários. No primeiro, Tasso Jereissati recebe 43% das intenções de voto, ante Inácio Arruda (19 %), Heitor Ferrer (18%) e José Guimarães (5%). No segundo cenário, Tasso Jereissati aparece com 44% menções, Inácio Arruda com 19%, Heitor Ferrer com 18% e Luizianne Lins com 4%.

Além de Tasso Jereissati, o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma se empenharam pessoalmente no esforço do PT para esmagar eleitoralmente líderes de oposição como o ex-senador Arthur Virgílio (PSDB), que, derrotado de forma humilhamte em 2010 acabou eleito prefeito de Manaus em 2012, o ex-senador Heráclito Fortes (DEM-PI) e o senador José Agripino Maia (DEM-RN), o único dos alvos de Lula que escapou do insucesso eleitoral.