Semana da mulher

Em 15 anos, aumenta o número de famílias chefiadas por mulheres

Entre casais com filhos, em mais de uma década, 5,8 milhões de mulheres tomaram o posto

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O número de mulheres chefes de família cresceu no Brasil nos últimos 15 anos, segundo uma pesquisa da Escola Nacional de Seguros. Em 2001, as famílias chefiadas por mulheres eram de 27%. Em 2009, passou para 35%. Em 2014, esse número foi de quase 40%, representando 28 milhões de lares no país.

Nas famílias com filhos, em 2001, 1 milhão de mulheres eram consideradas chefes de família. O número cresceu em 2015: o resultado passou para 6,8 milhões. Já entre casais sem filhos, 339 mil mulheres eram as chefes de família – que leva em conta não só a renda, mas o papel dentro da família – em 2001; enquanto em 2015, o número subiu para 3,1 milhões. No mesmo ano, as mulheres sem companheiros representavam 19,1 milhões.

O crescimento de mulheres chefes de família, segundo a pesquisa, está associado a diversas mudanças: queda da fecundidade, redução do tamanho das famílias, maior expectativa de vida para as mulheres em relação aos homens, envelhecimento populacional e o aumento da tendência de morar sozinho, entre outros fatores.

Jornada dupla

As chefes de família, além de terem um trabalho remunerado, são responsáveis pela maioria das atividades domésticas. Após um dia de trabalho, muitas delas ainda chegam em casa para cuidar dos filhos e da casa.

De acordo com o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2015, a jornada total média das mulheres era de 53,6 horas e a dos homens, de 46,1 horas. Em relação às tarefas não remuneradas, a proporção quase não mudou ao longo de 20 anos: mais de 90% das mulheres afirmaram fazer as atividades domésticas; os homens, em torno de 50%.

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