Elogio tem limite
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O saudoso ministro Djaci Falcão dignificou o Supremo Tribunal Federal pelo saber jurídico e também pelo rigor. Mas, certa vez, em 1985, surpreendeu ao reconsiderar um despacho para atender a um agravo regimental de um jovem e cabeludo advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que chamava a atenção também pelos trajes, digamos, pouco discretos. Falcão chamou o assessor Marcos Chaves e ditou um novo despacho, com elogios rasgados à petição e ao advogado. Chaves ponderou:
– Ministro, este advogado é aquele dos ternos estranhos e das gravatas que o senhor não gosta.
Djaci Falcão respondeu com seu melhor sotaque pernambucano:
– Ritire os elogios…
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