Testemunha de defesa

Eike Batista presta depoimento sobre desvios de recursos do FGTS

Empresário falou como testemunha de defesa do doleiro Lúcio Funaro

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Em depoimento por videconferência à justiça de Brasília, o empresário Eike Batista negou ter pago proprina para fechar negócios e receber recursos do FI-FGTS. Sobre a relação com Eduardo Cunha, ele disse que só conheceu o ex-deputado peemedebista porque deu uma carona a ele num avião pessoal. "O voo foi entre Brasília e Rio, mas não conversamos", declarou.

Questionado sobre a influência de Cunha na liberação de recursos administrados pela Caixa para a empresa LLX para obras no porto de Açu, Eike respondeu: "Não que eu saiba. Eu era presidente do conselho e isso era tratado com executivos da empresa".

Eike chegou para depor à Justiça Federal do Rio por volta das 14h30 desta segunda (17), mas o depoimento, como testemunha de defesa do doleiro Lúcio Funaro, começou às 15h45. Réu no processo de desvio de dinheiro do FI-FGTS, Funaro é acusado de ser operador de Cunha.

Eike teve a prisão preventiva decretada em janeiro, na Operação Eficiência, após dois doleiros afirmarem que ele pagou US$ 16,5 milhões (ou R$ 52 milhões) em propinas ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral. O empresário não revelou se tem ou não uma delação em andamento.

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