Eleição 2018

Doria evita comentar possibilidade de DEM desistir de lançar seu nome à Presidência

Prefeito de SP diz que eleição se disputa 'metro a metro'

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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), minimizou nesta sexta-feira, 13, a informação de que o DEM teria desistido de lançar sua candidatura à Presidência da República em 2018. "Estamos em uma corrida que não é de 100 metros. É uma maratona, que se disputa metro a metro", disse, em Milão. Questionado sobre se estaria assumindo a candidatura com essa frase, Doria despistou.

"Eu nem me assumi como candidato, como posso desistir? Estamos todos numa corrida eleitoral. O PSDB, meu partido, estará presente. E certamente na condição de favorito. Quem achar que é uma corrida de 100 metros vai cansar rápido", afirmou o prefeito.

O DEM sondou recentemente Doria sobre a disputa presidencial tendo no horizonte uma dobradinha entre ele e um quadro do partido em 2018. O partido estaria de portas abertas ao prefeito de São Paulo caso ele não consiga se candidatar a presidente pelo PSDB em 2018. Os nomes citados para compor a chapa são o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o ministro da Educação, Mendonça Filho. 

Tucanos ligados ao prefeito avaliam que a chapa com um deles teria força no Nordeste. Em contrapartida, Doria apoiaria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na disputa pelo governo do Rio, e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) para o governo de Goiás. 

O senador José Agripino (RN), presidente do DEM, negou que o partido tenha convidado Doria. Assim como o presidente Michel Temer (PMDB), a cúpula do DEM quer evitar desgaste com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), também presidenciável na próxima disputa presidencial. Por isso, as negativas públicas e os convites em privado.

Cesare Battisti

Antes de fazer mais uma palestra em Milão, onde está desde quinta-feira, 12, Doria voltou a cobrar que o governo brasileiro extradite Cesare Battisti, ex-ativista político que foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas. "O Brasil não pode ficar abrigando criminosos sob proteção ideológica, como acontecia no governo do PT. Agora o governo é sério, e um governo sério aceita extradição." (AE)

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