Donald Trump formaliza derrubada de Plano de Energia Limpa de Obama
Programa controlava emissão de gases e previa redução de 32% de carbono até 2030
O governo dos Estados Unidos formalizou nesta terça (10) a derrubada do Plano de Energia Limpa (CPP, na sigla em inglês) promovido pelo ex-presidente Barack Obama para controlar as emissões de gases de efeito estufa.
Como havia antecipado ontem que faria, o administrador da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), Scott Pruitt, assinou hoje um documento em que propõe o fim do CPP.
Essa derrubada por parte do governo de Donald Trump "facilitará o desenvolvimento dos recursos energéticos dos Estados Unidos e reduzirá cargas reguladoras desnecessárias", disse Pruitt em um comunicado.
Se for elaborada uma nova norma a respeito, o será de forma "cuidadosa, correta e com humildade, ouvindo todos os afetados", afirmou Pruitt.
O chamado Plano de Energia Limpa de Obama foi lançado em 2015 com a meta que os Estados Unidos reduzissem até 2030 em 32% as emissões de carbono das centrais elétricas em relação aos níveis de 2005.
Peça fundamental dos esforços de Obama contra a mudança climática e bloqueado provisoriamente pela Suprema Corte dos EUA em fevereiro de 2016, o ex-presidente pretendia com esse plano substituir as centrais elétricas de carvão por outras abastecidas com gás natural e energias limpas como a eólica e a solar.
Em março, Trump assinou uma ordem que pedia a revisão do CPP como primeiro passo para buscar a independência energética do país e criar empregos, particularmente na enfraquecida indústria do carvão.
Em um comunicado, o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Paul Ryan, classificou hoje como "decisão correta" a derrubada do CPP, alegando que foi "uma ampla e ilegal expansão da autoridade governamental no setor da energia" e devastadora" para a indústria do carvão. (AE/EFE)