Dólar volta a subir e cotação chega a R$ 4,15
Novos leilões do BC são aguardados nesta manhã para conter alta
Em mais um dia de queda de braço entre o mercado e o Banco Central, o dólar opera volátil. Abriu alta, passou a cair e, ainda pela manhã, virou e passou a ser negociado nas máximas. Às 10,11, era cotado a R$ 4,15, na máxima para o horário.
Segundo nota da Agência Estado, a volatilidade do dólar reflete a disputa antecipada entre comprados e vendidos em contratos cambiais em torno da Ptax. "A alta predomina porque, a partir de hoje, a semana esquenta com volta do foco político, dados do mercado de trabalho americano amanhã e sexta-feira e também um possível cabo de guerra entre investidores e BC em torno de leilões à vista", disse João Corrêa, da SLW Corretora.
No exterior, o dólar sobe, especialmente frente o euro, que recua após a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha, que caiu 0,2% na leitura preliminar de setembro, ante agosto, uma queda maior que a de 0,1% prevista. Com isso, persistem os temores de deflação na zona do euro.
Ainda nas primeiras horas de negociação, o Banco Central voltou a atuar no mercado, tentando conter a alta. O BC vendeu 20 mil contratos de swap cambial ofertados hoje com vencimento em 1º de março de 2016. O valor total da operação foi de US$ 987,6 milhões.
Esta é a quinta operação de swap cambial com recursos novos que o Banco Central promove desde que o Brasil foi rebaixado ao grau especulativo pela agência de classificação de risco Standard & Poors. Nas outras quatro tranches, em todos os casos, a instituição ofertou até US$ 1 bilhão ao mercado (dias 23, 24 e duas no dia 25). Apenas na primeira operação, o BC não vendeu a integralidade do lote.
A partir das 10h20, o BC também fará dois leilões de linha, no valor de até R$ 2 bilhões. Estas duas empreitadas (leilão de swap e de venda conjugada com recompra) foram anunciadas na noite desta segunda-feira, depois que o dólar voltou a subir mais de 2%, acima dos R$ 4. No fechamento, a moeda americana subiu 2,80%, cotada a R$ 4,080. (AE)