Operação Vórtex

Dinheiro que comprou avião de Campos pode ter saído do governo

PF acha que dinheiro público pagou jato de Eduardo Campos

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A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou na manhã desta terça-feira (31), por volta das 6h, a Operação Vórtex, um desmembramento da Operação Turbulência. São cumpridas 10 ordens judiciais em Recife, sendo seis mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva. No total, 30 agentes participam da ação.

Em investigação, foram analisadas as contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas utilizadas para a compra do avião Cessna Citation prefixo PR-AFA, envolvido no acidente que matou o ex-governador e então candidato à Presidência Eduardo Campos. Os valores transferidos por uma das empresas investigadas na Operação Turbulência lhe haviam sido repassados dois dias antes por uma terceira empresa, que ainda não havia sido alvo da investigação original.

Segundo a PF, a exatidão do montante e o curto período de tempo envolvido nas duas transações sugerem que a conta investigada na Operação Turbulência tenha sido "mera conta de passagem".

Ao investigar mais a fundo a empresa remetente dos recursos, a PF verificou que ela possui contratos milionários com o governo do Estado e que suas doações a campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador do estado, Eduardo Campos.

Operação Turbulência

A Operação Turbulência foi deflagrada em 21 de junho do ano passado e investiga uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro. A suspeita é que ela pode ter financiado a campanha de Eduardo Campos, morto em 2014.

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra 18 pessoas em 3 de agosto. Elas são suspeitas de fazer parte da organização e foram denunciadas por crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro oriundo de superfaturamento em obras públicas e pagamento de propinas a agentes políticos e funcionários públicos.

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