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Dilma quer pedido de desculpas para voltar aos Estados Unidos

Ela desmarcou a visita que faria ao país após o escândalo revelado por Edward Snowden

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A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (6) que iria aos Estados Unidos caso recebesse um pedido de desculpas por parte do governo de Barack Obama, que espionou o Brasil. Ela desmarcou a visita que faria ao país após o escândalo, revelado pelo ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden, que envolve diversas autoridades de todo o mundo. “Eu iria viajar. A discussão que derivou dessas denúncias nos levou à seguinte proposta para os Estados Unidos: só tem um jeito de a gente resolver esse problema. Se desculpar pelo que aconteceu e dizer que não vai acontecer mais. Não foi possível chegar a esse termo”, disse a presidenta.

Dilma garantiu que, mesmo com as revelações de Snowden, as relações comerciais e diplomáticas com os Estados Unidos foram mantidas. “Não há interrupção de nenhum nível das relações tradicionais entre o Brasil e os EUA?, afirmou. ?Agora não é possível que entre países amigos com relações estratégicas não se leve em consideração o fato de que não é possível espionar a presidente, assim como a primeira-ministra. Não é adequado”, completou.

Ela também falou sobre a espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e garantiu: é totalmente diferente da feita pelos EUA. “No caso da denúncia de espionagem não só contra o Brasil mas contra os outros países é o seguinte fato. Você violou não só e-mails privados, ligações telefônicas, violou a internet, violou a privacidade. E não foi só de chefes de estado, mas de indivíduos e de empresas. E dentro de um processo que não tem muita justificativa de luta contra o terrorismo”, justificou. A Abin é acusada de monitorar atividades de diplomatas da Rússia, do Irã e do Iraque em 2003 e 2004, quando estiveram no Brasil. A agencia admite as ações, mas diz que obedecem à legislação. 

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