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Dilma ignora denúncias e defende política da Petrobras

Presidenta diz que política da estatal beneficia indústrias que produzem no Brasil

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Em meio à maior crise de seu governo, envolvendo denúncias de corrupção contra a Petrobras, a presidente Dilma usou nesta segunda (21) seu programa semanal de rádio, o Café com a Presidenta, para reforçar a política de conteúdo da estatal e o “renascimento” da indústria naval brasileira. “Graças à política de compras da Petrobras iniciada no governo Lula e desenvolvida no meu governo, renasceu uma indústria naval dinâmica e competitiva, que irá disputar o mercado com as maiores indústrias navais do mundo”, disse.

Dilma explicou que a política que privilegia conteúdo nacional foi uma decisão para que as compras da estatal fossem feitas preferencialmente em indústrias que produzem no Brasil, para gerar crescimento industrial e emprego.

A presidente lembrou o feriado de Tiradentes, personagem, segundo ela, símbolo da luta por um “Brasil melhor, altivo e independente”. “Tiradentes uma vez disse: ‘Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la’. O renascimento da indústria naval brasileira mostra que Tiradentes tinha muita razão”, disse Dilma.

Na semana passada, a presidente esteve em cerimônia de viagem inaugural do navio petroleiro Dragão do Mar e batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE). Hoje, ressaltou que a indústria naval emprega quase 80 mil trabalhadores. A estimativa, disse Dilma, é de que até 2017 sejam 100 mil contratados no setor.

“No ano passado, a construção naval brasileira entregou volume recorde de navios e plataformas de petróleo. Foram sete plataformas de produção, dois navios petroleiros de grande porte, 21 navios de apoio marítimo, dez rebocadores portuários e 44 barcaças de transporte”, destacou. De acordo com ela, em 2014 estão em construção ou contratados para serem construídas 18 plataformas, 28 sondas de perfuração e 43 navios-tanque.

Dilma disse ainda que “muitas empresas estrangeiras” estão vindo se instalar no País para produzir peças e equipamentos para a exploração da camada pré-sal. De acordo com ela, serão necessários 88 navios, 198 barcos de apoio e 28 sondas de perfuração até 2020. AE

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