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Dilma demite ministro que insultou deputados e depois pediu 'perdão'

A iminente demissão foi antecipada na coluna de Cláudio Humberto

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A presidente Dilma Rousseff decidiu demitir o ministro da Educação, Cid Gomes, logo depois da ida dela à Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (18/3), para pedir "perdão" aos parlamentares por chamá-los de “achacadores”. Cid Gomes foi intimado para apontar os “achacadores” no último dia 11, mas alegou “mal estar” e não compareceu ao plenário da Câmara.

Hoje a tarde, no plenário, ele pediu perdão aos deputados e a quem “traz para si essa carapuça”. "Me perdoem. Não tenho nenhum problema em pedir perdão para os que não agem desta forma. Aos que não se comportam deste jeito, me desculpem, não foi minha intenção ofender ninguém individualmente”, disse.

Apesar do pedido de perdão, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), pediu que ele deixe o cargo logo depois de Cid Gomes dizer no plenário, apontando para o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que prefere ser chamado de mal-educado do que de achacador. 

Em seu discurso, Cid disse que deputados que fazem parte do governo deveriam ter posição de coerência ou que "então larguem o osso, saiam do governo". "Aqui não temos base cega, temos base de apoio convicta", rebateu Picciani.

Antes de apontar a Cunha, Cid disse que não tinha a intenção de agredir ninguém, "muito menos a instituição", mas disse sentir muito se alguém se enxergava nessa condição e "vestisse a carapuça".

Parlamentares passaram a discursar contra o ministro. "Vossa excelência apontou o dedo para o presidente Eduardo Cunha e o ofendeu. Nós não aceitamos a opinião de Vossa Excelência", afirmou o líder do Solidariedade, Arthur Maia (SD-BA).

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