Desespero

Dilma cria "Blog do Alvorada" para falar mal do atual governo

A petista quer expor "fragilidades" do governo de Michel Temer

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A presidente afastada Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira a criação de um "blog do Alvorada", no qual, segundo a petista, irá expor as fragilidades do governo em exercício Michel Temer e destacar as atividades "contra o golpe". "O governo provisório acabou com o Blog do Planalto, nós, no meu site, criamos o blog do Alvorada. Nós iremos acompanhar todas as lutas e as atividades da resistência democrática", diz Dilma, em vídeo postado há pouco nas redes sociais.

Nas primeiras postagens do Blog do Alvorada a presidente afastada lista 60 ações do governo Temer para relacionar com o período que ela está afastada e, consequentemente, ele está no poder. "Combater direitos, anunciar maldades e voltar atrás após a pressão da sociedade. Essa tem sido a tônica do governo interino. As propostas incluem colocar teto para os gastos em saúde e educação, enquanto distribui recursos em aumentos de salário e vacila para fazer o reajuste de programas sociais", diz o texto, que lista os "60 principais (mal) feitos" do governo interino.

Nos pontos levantados há referência à ampliação do déficit fiscal de 2016 de R$ 96 bilhões para R$ 170,5 bilhões. Segundo a petista, o atual déficit, já aprovado no Congresso, está "superestimado" e "abre margem para "pagar a conta do golpe"".

Entre os tópicos levantados pelo blog da petista estão as extinções de alguns ministérios, como o das Mulheres e o da Controladoria-Geral da União. Dilma cita ainda a retirada do regime de urgência do pacote anticorrupção e a suspensão de concursos públicos até 2018. Além disso, acusa o governo de esvaziar os programas sociais.

A lista feita pela equipe da presidente afastada também lembra a ausência de mulheres e negros no primeiro escalão de Temer e o envolvimento de ministros do atual governo afastados por suspeita de envolvimento em corrupção. Nos primeiros 30 dias de governo Temer perdeu três ministros – Romero Jucá, Fabiano Silveira e Henrique Eduardo Alves – que pediram demissão após serem envolvidos em áudios do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, com indicações de que eles estariam interferindo para tentar paralisar a Operação Lava Jato. (AE)

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