sem investigação

DF: Bope detona suposta bomba, mas não avisa Polícia Civil, que investigará

Toda a ação para detonar material sequer foi registrado na Polícia Civil

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Numa encenação cinematográfica, homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar agiram para identificar e detonar uma suposta bomba encontrada no estacionamento do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitscheck. Deixada por três homens, a maleta que portava ?fios e uma massa escura? não passava de um trote. Aliás, toda a ação não passou de encenação.

A 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) ? responsável pela área externa do aeroporto ? nem sequer foi avisada da ação da polícia militar. A Polícia Civil deveria ter sido chamada para fazer a perícia do material encontrado e identificar os supostos ?terroristas? que abandonaram o material ali.

A Inframérica, a concessionária do Aeroporto, ajudaria nas investigações cedendo à Polícia Civil as imagens das câmeras de segurança do terminal, que mostrariam três homens, usando jeans e camisetas brancas, deixando a maleta na pista no começo da tarde. O trio estaria em um Renault Duster branco.

Mas nada aconteceu. Apesar de o esquadrão militar ter usado todo o aparato tecnológico ? com robô raio-X ? e levado quase cinco horas para detonar a maleta tipo WTA16I – nada foi registrado. Na delegacia só há ocorrências de furtos, estelionatos, desacatos. Mas a Polícia Militar garante que a Civil investigará o caso.

Isso porque a primeira chamada, a Polícia Federal, logo passou a bola para a segurança do Distrito Federal, por estar fora da área do aeroporto. Sem investigação, ninguém saberá quem deixou a maleta ?com fios? na pista do aeroporto. Também não era para tanto. A mega operação do Bope se limitou a explodir uma mala cheia de sêmen bovino.

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