Sem 'autenticidade'

Desembargador do TRF-3 critica 'greve do sindicalismo de toga'

Fábio Prieto ressalta que a greve de juízes é inconstitucional

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O desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e juiz do Tribunal Eleitoral de São Paulo, Fábio Prieto, criticou o que chama de "greve do sindicalismo de toga", em artigo reproduzido no Diário do Poder (leia em Artigos, ao lado).

"Os juízes não têm a licença poética dos revolucionários. Cuidam da previsibilidade das relações sociais. Os magistrados podem, até, ser curadores de direitos revolucionários. Se assim o desejar a comunidade", diz no artigo.

Fábio ressalta que "a sociedade brasileira não pode ser prejudicada pela patuscada sindical, só para dar rumo a quem quer navegar nos ventos que estão a mudar".

Para ele, a greve dos magistrados "diante do fracasso bilionário dos quatro Conselhos de Justiça no controle do teto constitucional", não tem autenticidade.

"Neste momento, sem que nada tenha sido decidido, o sindicalismo de toga convoca greve inconstitucional contra a população. Não há autenticidade em quem cerrou fileiras com a reforma do Judiciário feita contra o País e a magistratura séria e trabalhadora", afirma o desembargador. "No Estado Democrático de Direito, o sindicalismo de toga é parte – grave – do problema, não de sua solução. Vamos aguardar a resposta institucional do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional", finaliza Fábio Prieto.

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