CPI da Petrobras

Deputado faz balanço de escândalos ligados ao Petrolão

Côrtes relembrou envolvimento do BTG Pactual com a Petrobras

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Durante a audiência de acareação entre o megadoleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, na CPI da Petrobras, nesta terça-feira (25), o deputado Altineu Côrtes (PR-RJ) relembrou o que o Diário do Poder sempre denunciou. Como, por exemplo, o envolvimento do banco de investimentos BTG Pactual com a Petrobras. Outro assunto citado por Côrtes foi o bilhete em que Marcelo Odebrecht cita André Esteves, do BTG Pactual. O deputado pediu ao presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), que leve nomes importantes para prestar depoimentos à CPI.

Ao questionar Costa, Côrtes reclamou que o ex-diretor afirma que sempre respondeu o que lhe foi perguntado, mas não o que não lhe foi perguntado. “Existem muitas questões que não foram alcançadas. A CPI tem que trazer também fatos que ainda não foram revelados ou fatos gravíssimos que ainda não foram suficientemente investigados, como por exemplo, a área petroquímica. A área petroquímica não está fora do todo desta corrupção. Pelo contrário, é centro desta corrupção. Como, por exemplo, negócios que envolvem outros grandes empresários que não foram o foco inicial da Lava Jato. E grandes empresários. Nós recebemos contratos da Petrobras… Quando eu me deparei com um contrato onde a BR Properties, que é administrada pelo BTG pactual, pelo senhor André Esteves, aluga meio prédio no Rio de Janeiro, o edifício Ventura, por R$ 600 milhões em sete anos. E uma outra parte do prédio é alugada pelo BNDES. Se a outra metade do prédio for no mesmo valor, eu não acredito que esse grupo econômico que está fazendo essa transação vá cobrar mais caro da Petrobras, já que eles são justos, seria, em sete anos, R$ 1,2 bilhão o aluguel de um prédio para a Petrobras e para o BNDES", disse.

Côrtes afirmou que, com isso, é possível entender que o BTG Pactual está envolvido com a Petrobras. "A gente vê a questão, por exemplo, das sondas, que já foram alvo da nossa CPI, na questão da Sete Brasil onde o BTG Pactual é o maior acionista, com envolvimento do Fundo de Pensão Petros. A gente vê, por exemplo, a questão dos ativos da África, onde o BTG Pactual está envolvido. A gente vê, por exemplo, o bilhete da Odebrecht, onde o senhor Marcelo Odebrecht cita o senhor André Esteves. E por isso, senhor presidente, eu acho que nós temos que ter aqui, no nosso foco, em paralelo com o trabalho que está acontecendo, trazer aqui esses grandes nomes antes de se finalizar essa CPI.”

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