NÃO À RENANLÂNDIA

Deputado diz que alagoano teme 'monarquia' dos Calheiros

Rodrigo Cunha diz que não sobe no palanque de Renan Filho

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Além do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), o deputado estadual tucano Rodrigo Cunha é um dos principais afetados pela possibilidade de aliança eleitoral entre o PSDB e o PMDB, para as eleições de 2018, tida como certa pelo presidente do DEM de Alagoas, José Thomaz Nonô. Mas, não vê o governador Renan Filho (PMDB) como um adversário imbatível, muito menos como provável aliado em uma “monarquia da Renanlândia", temida pelos alagoanos.

Rodrigo Cunha evita analisar se há outra situação mais atraente para Rui Palmeira em outro partido, porque não acha que exista ambiente melhor para sua candidatura do que no PSDB. Mas não vê a movimentação como favorável ao governador Renan Filho que, segundo ele, não “surfa numa onda”, em direção à uma reeleição fácil ou sem adversários.

Cunha não vê motivos para rival de Renan deixar o PSDB (Foto: ALE)Para o deputado tucano, entre os principais motivos que fariam o eleitor alagoano ver com desconfiança a possibilidade de reeleição de Renan Filho está a preocupação com a instalação de um hegemonia política dos Calheiros no Estado, a partir da possibilidade de reeleição do governador e de seu pai e senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

“Renan Filho não está surfando numa onda. Tem alagoano que se preocupa com a monarquia que está se instalando aqui, com o filho e o pai em dobradinha. Um sobe para o Senado, outro desce para o Governo. Então, esse pleito não terá tranquilidade para ambos”, concluiu Rodrigo Cunha.

Como principal oposicionista ao governo do PMDB na Assembleia Legislativa, Cunha já alerta que não sobe no mesmo palanque do governador peemedebista Renan Filho. “O que é certo é que jamais estarei no mesmo palanque do governo contra o qual faço oposição. Busco ser coerente. Não vale tudo por cargo”, disse o parlamentar tucano, que critica limitações de atuação na Assembleia, tanto com relação à ausência de liberação de emendas, como sobre a falta de transparência e de receptividade às boas ideias.

Cotado como o segundo nome mais forte do PSDB para um eventual embate contra a reeleição de Renan Filho, Rodrigo Cunha avalia que seria extremamente negativo se o PSDB realmente impusesse qualquer dificuldade para a candidatura de Rui Palmeira, possibilidade já negada pelo partido.

“O Téo nunca deixou em dúvida a possibilidade de permitir que o Rui seja candidato pelo PSDB. O que vejo é que é muito improvável que alguma mudança do Rui de partido seja pelo fato de ele não ser candidato. Ele é muito bem articulado, inclusive nacionalmente, com próprio partido. E seria um tiro no pé, extremamente negativo, se o Rui não for candidato ou se o PSDB criar situação lá na frente que inviabilize uma chapa”, avaliou Cunha.

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