Delegado da Lava Jato propõe Fundo Nacional de Combate à Corrupção

O delegado da Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo, integrante da força tarefa da Lava Jato, propôs um Fundo Nacional de Combate à Corrupção, nos moldes do Fundo Nacional Antidrogas, do Ministério da Justiça.

De acordo com o delegado, responsável pela primeira fase da maior operação em vigor no país, o fundo seria gerido pelo valor recuperado da corrupção, como desvio e lavagem de dinheiro.

No Fundo Antidrogas, os recursos são constituídos de dotações específicas estabelecidas no orçamento da União, de doações, de recursos de qualquer bem de valor econômico, apreendido em decorrência do tráfico de drogas de abuso ou utilizado em atividades ilícitas de produção ou comercialização de drogas, após decisão judicial ou administrativa tomada em caráter definitivo.

A declaração de Márcio Anselmo foi durante a comissão que analisa medidas contra corrupção, na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (18).

Na sessão, o delegado disse que o projeto apresentado pelo Ministério Público Federal trata muito mais do que medidas. "Eu fui um dos primeiros a assinar essa campanha. São medidas fundamentais", comentou.

Anselmo reiterou ainda que a criminalização do enriquecimento ilícito é fundamental e que o aumento de penas é importante por casos de corrupção, mas ele não pode vir sozinho. "A questão de recursos protelatórios nós precisamos analisar com olhar bastante apurado. E sobre o teste de integridade, acho muito difícil você aferir essa boa fé do agente publico. Precisa adequar a redação desse item", reforçou.