Obras no Maracanã

Delator diz que Tribunal de Contas está envolvido em esquema de propinas

Secretário teria pedido propina que seria destinada ao tribunal

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O órgão responsável por fiscalizar irregularidades do governo estadual e de prefeituras fluminenses, Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), está envolvido no esquema de propinas pagas pelo consórcio que executou a reforma do Maracanã. É o que afirma o ex-executivo da Andrade Gutierrez Clóvis Renato Primo em delação premiada. Segundo ele, Wilson Carlos, secretário de governo da gestão Sérgio Cabral, teria pedido propina que seria destinada ao tribunal. As informações são do jornal O Globo .

Segundo depoimento de Primo, o então presidente do TCE, o conselheiro José Maurício Nolasco, receberia 1% do valor da obra. O delator afirmou que, apesar de ter autorizado o pagamento, não tem certeza de que o repasse teria acontecido de fato.

Delação cita Cabral

O ex-diretor-presidente da empreiteira Odebrecht, enrolada na Lava Jato, afirmou em delação premiada que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) cobrou propina em obras para a Copa do Mundo, como a reforma do estádio Maracanã e a ampliação do metrô. O delator está preso desde fevereiro por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

O nome de Sérgio Cabral já havia aparecido em planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal, em março, na casa do próprio Silva Júnior.

Os documentos indicariam que o ex-governador fluminense teria se beneficiado com R$ 2,5 milhões em propina pagos pela empresa em razão de obras da linha 4 do metrô. Ele nega.

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