Acrônimo

Delação entrega à PF lista de jabaculês para mídia pró-Dilma

Delação revela jornalistas e 'Dilma Bolada' na folha do PT

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Em sua delação premiada no âmbito da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, a empresária Danielle Fonteles, proprietária da empresa Pepper Interaviva, admitiu a movimentação de cerca de R$ 58,3 milhões em contas próprias, sendo que parte desse dinheiro foi utilizado para bancar despesas da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, em 2014, principalmente o pagamento a blogs favoráveis ao PT contratados para atuar na guerrilha virtual nas redes sociais.

O teor da delação foi revelado pela revista IstoÉ deste fim de semana, em reportagem de Sérgio Pardellas, incluindo o detalhe de que o dinheiro que abasteceu o esquema, segundo orientação de Giles Azevedo, assessor pessoal da presidente Dilma Rousseff, foi obtido junto à OAS e à Odebrecht, por meio de contratos fictícios ou superestimados.

Coube a Pepper o pagamento de um pixuleco de R$ 20 mil mensais para o criador do perfil de humor chapa branca “Dilma Bolada”, Jefferson Monteiro. A reportagem lembra que a personagem fazia troça de adversários com a mesma veemência com que exaltava iniciativas e discursos da presidente, até mesmo os mais frugais. Em 29 de outubro do ano passado, o blogueiro jurou à CPI dos Crimes Cibernéticos que não era pago para manter o perfil "Dilma Bolada". 

Uma lista contendo o nome de dezenas de jornalistas destinatários da verba repassada pela Pepper foi entregue por Danielle aos investigadores. Os nomes permanecem guardados a sete chaves, segundo a revista, e podem ensejar outra investigação.

Oficialmente, a Pepper foi responsável pela estratégia de internet da campanha da presidente Dilma em 2010. Na reeleição, em 2014, ficou encarregada de produzir as páginas da candidata do PT no Facebook e Twitter. Pelo trabalho, recebeu R$ 530 mil por mês.

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