Pagamento de propina

Defesa de Dilma acusa ex-presidente de empreiteira de mentir em depoimento

Ex-presidente da Gutierrez voltou atrás em segundo depoimento a Justiça Eleitoral

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Nesta segunda-feira (19) a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff pediu ao Ministério Público que investigue o ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, por falso testemunho.

Motivo seria um depoimento prestado por Azevedo, a Justiça Eleitoral, em setembro. Na ocasião, Otávio afirmou que fez a doação de R$ 1 milhão ao PT em março de 2014, e que o dinheiro foi repassado, em julho, para a campanha de reeleição de Dilma.

Disse também que o montante fazia parte de um acordo no qual a Gutierrez se comprometeu a passar 1% dos contratos que mantinha com o governo federal a título de propina.

Depois de quase dois meses dessa declaração, a defesa da petista enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) documento no qual informou que a empreiteira fez a doação de R$ 1 milhão à chapa por meio do PMDB. De acordo com os advogados, o montante foi depositado na conta de campanha do presidente Michel Temer, na época, o candidato a vice-presidente.

Uma semana depois, Azevedo voltou atrás e disse que não houve pagamento de propina à chapa Dilma-Temer. Segundo os advogados, Azevedo disse que se confundiu, que ninguém recebeu propina. E que todas as doações feitas para a campanha em 2014 foram legais.

O TSE analisa, a pedido do PSDB, se houve abuso de poder econômico por parte da chapa formada por Dilma e Temer, na última eleição presidencial.

 

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