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Governo reage a vandalismo

Cúpula de segurança informa medidas a serem tomadas

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Os protestos contra o governo do Rio de Janeiro chegaram a mais um bairro da Zona Sul, na madrugada desta quinta-feira (18). Cerca de 100 pessoas protestaram em frente ao prédio do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, na Rua Redentor, em Ipanema. Eles gritaram palavras de ordem, mas acabaram dispersados por jatos d´água e balas de borracha disparados por policiais do Batalhão de Choque da PM. Agências bancárias e lojas foram depredadas. Mais cedo, os protestos se concentraram no Palácio Guanabara, em Laranjeiras e na Rua Aristides Espíndola, no Leblon, onde mora o governador  Sérgio Cabral. A situação é tão crítica que moradores próximos à residência de Cabral afirmam que não conseguem abrir as janelas por causa da alta concentração de gás lacrimogênio no ar. Para tratar do assunto, o governador convocou uma reunião de emergência no Palácio Guanabara, nesta quinta-feira, às 8h.

Agora há pouco, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, afirmou que continua investigando os crimes cometidos durante os protestos, mas lembrou que as prisões por vandalismo, formação de quadrilha e incitação ao crime, dano, desacato e lesão corporal preveem fiança ou dependem de representação. Já Beltrame informou que o governo estuda mudanças na ação da PM. “O campo operacional irá fazer (as mudanças). Não temos, neste estado, pessoas que perderam vidas em manifestação. E infelizmente já temos pessoas que perderam vida em outros estados”, lembrou o secretário.

Com relação à visita do papa Francisco para a celebração da Jornada mundial da Juventude, não deve haver mudança de itinerário. Beltrame garantiu que o planejamento está pronto. “Ele tem um protocolo. A gente sabe o que vai acontecer na agenda desta autoridade. A questão da manifestação é diferente, a PM está adaptando, porque não há uma agenda coordenada. A gente está atento, mas tem que ver quando vai acontecer, se isso vai acontecer, porque a gente não tem esta informação”, concluiu.

O coronel Pinheiro Neto, chefe do Estado-Maior da PM,  disse que houve um pacto para que houvesse tolerância da PM. Ele falou que a PM foi atacada e só agiu ontem depois disso. “O gás lacrimogêneo, que todo mundo reclama, é o menos letal. O gás é para dispersar os vândalos. E falam para nós não usarmos o gás. E nossa ação não deu certo. Esse pacto, que foi feito com as autoridades, não deu certo”, disse.

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