Lava Jato

Cunha pede ao Supremo mais tempo para se explicar

Deputado quer acesso a vídeos e documentos que embasaram acusação

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na Operação Lava Jato, pediu nesta segunda-feira, 31, um prazo maior de 30 dias ao Supremo Tribunal Federal (STF) para responder às acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

Pelas regras da Corte, ele tem 15 dias, que serão completados no próximo dia 9 de setembro, para se manifestar sobre o caso.

A defesa do parlamentar alega que precisa ter acesso a documentos e vídeos que embasaram a denúncia ainda não disponibilizados, além de todos os acordos de colaboração firmados pelo empresário Julio Camargo – que citou o deputado como beneficiário de propina. Os advogados também querem a acareação com Paulo Roberto Costa – acusado de desviar recursos da estatal.

A defesa faz o mesmo pedido em relação às delações do doleiro Alberto Youssef e de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. "É manifesta a impossibilidade de oferecimento de qualquer resposta pelo requerente que esteja adequada à plenitude das garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório enquanto não franqueado o acesso a tais elementos produzidos durante a fase de investigação", justifica a defesa.

A extensão do prazo e os acessos às delações serão decididos pelo relator do caso no STF, ministro Teori Zavascki.

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